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quinta-feira, 15 de março de 2012

MULHER, simplesmente Mulher...

Ministério Público do RS
Promotoria de Justiça Regional de Educação
Grupo Educa-Ação




Ao longo do tempo, a figura feminina sempre foi associada aos cuidados domésticos e familiares, haja vista o caráter educativo, cuidadoso e sensível que a mulher adquiriu neste processo.
Ser mulher no século XXI é desafiar a história machista, construída e solidificada pelos interesses econômicos, sociais e políticos. Entretanto, uma nova realidade desponta nesta conjuntura emergindo criticamente o “sexo frágil” de nossa atual sociedade. Falar sobre mulher é deixar florescer a beleza que este ser transmite em sua pluri-singularidade. Escrever sobre a mulher é retratar, com grandiosidade e ousadia, a história grandiosa, protagonizada por todas elas que almejam gozar dos mesmos direitos, assim como os homens. É próprio do ser feminino a arte de educar com cuidado e sensibilidade os seres que a rodeiam, ao mesmo tempo em que os torna fortes e autônomos pela sua firmeza.
Hoje, neste século, a mulher emerge, consideravelmente, com o apoio da família a fim de crescer a vida familiar e enraizar nesta sociedade, ainda machista, valores mais éticos, capazes de humanizar os seres que aqui habitam. No nosso modelo econômico a mulher é vista sob a ótica do consumismo e do mercado de trabalho, pois só tem valor o ser humano que consome, e quanto mais consome melhor.
A mesma sociedade que faz a mulher crescer e reconhece seu suor, ainda paga um salário inferior ao do homem. Valoriza-se o ser original e diferente esteticamente, quando também define os padrões de beleza, criando as anoréxicas, bulímicas e depressivas. É tudo muito contraditório, mas é na contradição que a mulher se fortalece...
Teríamos que perguntar a esta altura e refletir sobre os vários e talvez incontáveis papéis que a mulher desempenha na completude de ser simplesmente mulher... Na sua performance, encontramos a companheira, amiga, mãe dedicada e amorosa, a filha, a irmã, a profissional. Enfim, pensamos na força que a impulsiona para uma singularidade, magia, unicidade no cuidar, pois tem garra, é obstinada nos seus desejos de proteger. Carrega consigo marcas, dores, sofrimentos e, na universalidade cultural de ser vista e sentida como sexo frágil, descobre nas próprias ações que é uma fortaleza. Consegue assumir e descobrir intuitivamente o poder inalienável a sua condição de ser mulher protetora. De forma determinada, assume o cuidar, o nutrir com destreza e sutileza.
MULHER, que tantas pensam e vêem puramente como emocional, é de muita racionalidade que assume o controle da própria existência e, no seu caminhar, mostra a guerreira que é.
MULHER que luta pela paz, pela Justiça e pelo bem comum da humanidade.
Não podemos deixar de citar as mulheres que em 2011 foram premiadas pelo “Nobel da Paz”: Ellen Johnson Sirleaf, nascida na Libéria, primeira mulher a presidir um país africano; Leymah Roberta Gbowee, da Libéria África, guerreira da Paz e Tawa Kul Karman que nasceu no Lêmen, Ásia; jornalista e diretora da Organização de Mulheres Jornalistas. É a primeira mulher árabe a ser agraciada com o Prêmio.
Afinal, quantas outras mulheres não premiadas lutam pela harmonia e o bem estar de todos(as) que as rodeiam, inegavelmente tentando reconhecer o(a) outro(a) independentemente de conceituações hierárquicas e excludentes criadas pelos humanos, lutando por um mundo mais justo e pleno, sendo “simplesmente Mulher....”.



Prof. Dora Mara Domingues
CONER / Seccional 5ª CRE
Grupo Educa-Ação

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