PROMOTORIA REGIONAL DE
EDUCAÇÃO DE PELOTAS
GRUPO EDUCA-AÇÃO
Grupo Educa-Ação
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Pergunta que há muito tempo nos fazemos;
mas que todos concordamos em dizer, tratar-se de uma fase que marca a transição
entre a infância e a idade adulta. Na prática não é final estabelecer um limite
preciso entre a perda da infância e o início da idade adulta.
A Organização Mundial de Saúde,
estabelece o adolescente entre 10 a 21 anos.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), define uma
faixa dos 12 aos 18 anos incompletos, onde o menor se cometer um crime pode
receber medidas sócio-educativas e inclusive restrição de liberdade.
Sabe-se, no entanto, que a adolescência
não se dá apenas pelo desenvolvimento
corporal, mas sobretudo pela maturidade social – que inclui entre outras
coisas, o assumir do ¨ papel social do
adulto¨. Dessa maneira o indivíduo busca resposta a pergunta ¨quem sou eu¨? Nesse
complexo processo manifesta-se uma crise, onde se reformulam os valores
adquiridos na infância e se assimilam
numa nova estrutura mais madura.
Nesse processo, em que o adolescente
inicia a ¨construção da identidade¨, ele deixa de lado os valores dos pais e
passa a criar seus próprios valores,
vivenciando por sua vez, momentos de muitos conflitos e de instabilidade
emocional. Há uma avalanche de sentimentos, já que por um lado o adolescente
detesta ser tratado como criança e em outros aspectos não aceita realizar
qualquer tipo de tarefa de adulto.
Logo, observa-se um longo espaço entre a
criança que se foi e o adulto que ainda não chegou; nessa lacuna de tempo esta nosso adolescente inserido na chamada¨
fase de transição¨, onde nada é estável ou definitivo, podendo vir a
experimentar um desequilíbrio nas emoções que se refletem, ou na sensibilidade
exacerbada ou na irritabilidade exagerada, ou no isolamento ou na integração a determinados grupos, entre
outros.
Muitas situações poderiam aqui ser
enumeradas, mas nossa discussão resumisse em torno dessa fragilidade que norteia a passagem
da infância para fase adulta. No
quanto o adolescente deve ¨construir¨ sua própria originalidade sem
refugiar-se na defesa mágica da infância.
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